22 maio 2006

De como nos sabem tão bem algumas

Uma colombiana, colega de curso, disse-me hoje que ouviu Fado, na rádio, e que ficou encantada. E fez questão de me vir dizer. Na verdade, ouviu Madredeus, mas o principio da “coisa” é o mesmo. E como me soube bem, ouvir a uma pessoa de fora, sem grande conhecimento da nossa cultura, dizer que tinha gostado. E portanto, já lhe está prometida a “injecção” de Amália ( vá, têm de ser ! ), Carlos do Carmo, Zeca, Carlos Paredes. É o que lhe arranjo assim de repente. Sabe bem, ouvir estas coisas, e mais ainda sentir o interesse dos outros pela nossa cultura, pelo que temos, somos e fazemos. E temos coisas boas. Se são melhores ou piores, não sei. Mas são diferentes, e encerram em si mesmo uma especificidade única, muito nossa, muito portuguesa. E acho também, que nós, os que estamos fora do país, podemos e devemos ajudar a divulgar o que temos, o que fazemos e, em última medida o que somos. Porque nesta questão, como em outras, se estamos à espera que seja o Estado a divulgar o que somos por cá, vamos mal.